sábado, 16 de agosto de 2014

O Decálogo da Serenidade

Você já parou para observar, algum dia, como as pessoas andam pelas ruas apreensivas?

    O semblante sempre carregado e o cenho franzido traduzem a angústia íntima. A problemática em que se encontram mergulhados.

        Em alguns momentos, a impressão que se tem é que a maioria das gentes anda em batalha interior constante.

        E nos perguntamos: Onde a serenidade? Em especial daqueles de nós que ostentamos o adjetivo de cristãos.

        Acaso teremos esquecido a exortação de Jesus: A cada dia basta o seu cuidado?  E aqueloutra:

      Se pois Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé! 

      É por essa razão que, com regularidade, a Providência Divina permite que Seus missionários visitem a Terra, travestidos em corpos humanos e nas mais variadas frentes de trabalho. 

        Recordamos que em 1958, o Mundo assistiu à posse de mais um Papa. Os cardeais, em Roma, encontraram um sucessor para Pio XII, que morrera após dirigir os destinos da Igreja Católica por 19 anos. 

      Aos 77 anos, Ângelo Giuseppe Roncalli assumiu o papado com o nome de João XXIII. Ângelo Roncalli era um homem que causava um impacto sempre favorável nas pessoas.

        Reconhecia claramente suas limitações e era dotado de um vivo senso de humor.

        Surpreendeu pela coragem de inaugurar debates sobre temas intocáveis até então. 

        Em um documento asseverou que todos os homens têm direito de escolher a sua religião. 

        Em 1960, num dos seus escritos, ele registrou uma página com notável sentimento de religiosidade universal.

        Chama-se O Decálogo da Serenidade e contém dez sugestões de conduta para o homem que deseja a paz.

        1ª Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez.

        2ª Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência; cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.

        3ª Hoje, apenas hoje, serei feliz, na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro Mundo, mas também já neste.

        4ª Hoje, apenas hoje, adaptar­-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos.

        5ª Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, recordando que, assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, assim a boa leitura é necessária para a vida da alma.

        6ª Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação e não direi a ninguém.

    7ª Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

        8ª Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos escrevê-lo-ei. E fugirei de dois males: a pressa e a indecisão.

        9ª Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem o contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim como se não existisse mais ninguém no Mundo.

        10ª Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor. De modo especial não terei medo de gozar o que é belo e de crer na bondade.
* * *
        Pense nisso! 

        O homem do futuro, que define as conquistas das virtudes nos esforços do presente, descobre o imenso prazer de ser bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

        Pense nisso! Mas, pense agora. 

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