Ei, você, aonde vai
com tanta pressa?
Eu sei que você tem
pouco tempo...
Mas, será que poderia
me dar uns minutos da sua atenção?
Percebo que há muita
gente nas ruas, correndo como você.
Para onde vão todos?
As lojas, os
shoppings estão lotados...
Crianças são
arrastadas por pais apressados, em meio ao torvelinho...
Há uma correria
generalizada...
Alimentos e bebidas
são armazenados...
E os presentes,
então? São tantos a providenciar...
Entendo que você
tenha pouco tempo.
Mas, qual é o motivo
dessa correria?
Percebo, também,
luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores...
Mas, confesso que
vejo pouco brilho nos olhares...
Poucos sorrisos
afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal...
É bonito ver luzes,
cores, fartura...
Mas seria tão belo
ver sorrisos francos...
Apertos de mãos
demorados...
Abraços de ternura...
Mais gratidão...
Mais carinho...
Mais compaixão...
Talvez você nunca
tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse...
Que há abraços frios
e calculistas...
Que familiares se
odeiam, sem a mínima disposição para a reconciliação.
Mas, porque você me
emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar
novamente: Para que tanta correria?
Em meio à agitação,
sentado no meio-fio, um mendigo, ébrio, grita bem alto: Viva Jesus. Feliz Natal!
E os sóbrios
comentam: É louco!
E a cidade se
prepara... Será Natal.
Mas, para você que
ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer:
O Natal não é apenas
uma data festiva, é um modo de viver.
O Natal é a expressão
da caridade...
E quem vive sem
caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num
vai-e-vem constante...
Natal é
fraternidade...
E a vida sem fraternidade
é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança sem sorriso, uma
estrela sem luz.
Mas o Natal também é
união...
E a vida sem união é
como um barco furado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no
oceano sem fim.
E, finalmente, o
Natal é pura expressão de amor...
E a vida sem amor é
desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do
amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.
Viver sem a paz é
como navegar sem bússola em noite escura... É desconhecer os caminhos que
enaltecem a alma e dão sentido à vida.
Enfim, a vida sem
amor... Bem, a vida sem amor é mera ilusão.
Que este Natal seja,
para você, mais que festas e troca de presentes...
Que possa ser um
marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável
Mestre, cuja passagem na Terra deu origem ao Natal...
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