quinta-feira, 14 de julho de 2016

Ética não é cosmética

Ética não é cosmética, ética não uma coisa que se usa do lado externo, ética é uma coisa de convivência, exemplo: pessoas que acham um absurdo quando a polícia sobe o morro em busca de meliantes, bandidos soltam rojão para avisar que a polícia está chegando e as pessoas dizem: “olha que horror, que nojo”; mas elas mesmas quando estão na estrada não têm dificuldades de dar sinal de luz para avisar a outros carros que a polícia está a frente; um cara que com quarenta anos tem carteira de estudante que a sobrinha lhe deu, mas ele não é estudante, somente para pagar meia entrada. Além de evasão fiscal é falsidade ideológica, o aluno que acha que se não colar não passa, ou o empresário que supõe que se não furtar não consegue ter lucro decente; tudo isso no nosso cotidiano, então, volta-se as palavras de Gandhi: “olho por olho, uma hora acabamos todos cegos”.

Não só fazer bem aquilo que se faz, mas fazer o bem com aquilo que faz; então, fazer bem é fazer com competência, fazer o bem com aquilo que bem se faz é fazer com que o que a gente faz tenha uma destinação que nos eleve. Fazer bem e fazer o bem é mais que uma possibilidade é uma tarefa.

A maior de todas as forças em nosso mundo e fora dele é o amor; porém o amor não deve aceitar tudo, não pode; o amor incondicional é um risco, o amor incondicional beira ao desamor em várias situações, por exemplo: eu te amo e não aceito de você qualquer coisa e é por isso que eu te amo, se eu aceitar de você qualquer coisa eu estou desrespeitando você, estou admitindo que você faça o que não deve ou que você vá onde não deve ir. O amor verdadeiro é aquele que é condicionado; -Porque eu te amo, eu não aceito isso de você. O amor incondicional é leviano, é irresponsável; o amor aceita tudo é um risco na nossa formação, quando você diz –Eu aceito qualquer coisa, isso significa que o outro ou a outra está autorizado a fazer o que quer.
Pais e mães devem dar um amor que tenha requisitos, que tenha exigências, um amor que tenha capacidade de cuidar, quem ama não desiste, mas quem ama também não descuida e aquele que aceita tudo descuida.

Na ética da convivência, tudo que você almeja, no caso de empresas os limites, será prejudicar os outros, atropelar os outros profissionalmente; no evangelho de Marcos está o que Jesus teria dito: “De nada adianta um homem ganhar o mundo, se ele perder sua alma”. De nada adianta você ganhar tudo se perder a sua dignidade, aquilo que apodrece dentro de você, aquilo que desonra sua família, torna horrorosa sua história, mancha sua trajetória, de nada adianta!

A possibilidade de eu ter uma ética da convivência, é aquela que meu principio de conduta seria: sé é bom para mim, é conveniente para mim, então eu faço – Isso é um horror, isso é nojento, temos nojo de uma pessoa quando esta pessoa faz qualquer coisa para ter qualquer coisa. Pois há coisas que a gente não deve ter e coisas que a gente não deve fazer; se você observar há coisas nojentas de tê-las ou de fazê-las. Há pessoas que fazem qualquer coisa em nome de uma ética, que aquilo me serve, ela acima de tudo, além de patife é idiota, a medida que ela não tem nenhum tipo de retorno que será bom para ela, o dia em que ela estiver de partida, vai olhar e vai pensar o que? –Estou onde estou apesar do que fiz ou estou onde estou por causa do que fiz?


Pense Nisso !!
Texto de: M S Cortella

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