Ética
não é cosmética, ética não uma coisa que se usa do lado externo, ética é uma
coisa de convivência, exemplo: pessoas que acham um absurdo quando a polícia
sobe o morro em busca de meliantes, bandidos soltam rojão para avisar que a
polícia está chegando e as pessoas dizem: “olha que horror, que nojo”; mas elas
mesmas quando estão na estrada não têm dificuldades de dar sinal de luz para
avisar a outros carros que a polícia está a frente; um cara que com quarenta
anos tem carteira de estudante que a sobrinha lhe deu, mas ele não é estudante,
somente para pagar meia entrada. Além de evasão fiscal é falsidade ideológica,
o aluno que acha que se não colar não passa, ou o empresário que supõe que se
não furtar não consegue ter lucro decente; tudo isso no nosso cotidiano, então,
volta-se as palavras de Gandhi: “olho por olho, uma hora acabamos todos cegos”.
Não
só fazer bem aquilo que se faz, mas fazer o bem com aquilo que faz; então,
fazer bem é fazer com competência, fazer o bem com aquilo que bem se faz é
fazer com que o que a gente faz tenha uma destinação que nos eleve. Fazer bem e
fazer o bem é mais que uma possibilidade é uma tarefa.
A
maior de todas as forças em nosso mundo e fora dele é o amor; porém o amor não
deve aceitar tudo, não pode; o amor incondicional é um risco, o amor
incondicional beira ao desamor em várias situações, por exemplo: eu te amo e
não aceito de você qualquer coisa e é por isso que eu te amo, se eu aceitar de
você qualquer coisa eu estou desrespeitando você, estou admitindo que você faça
o que não deve ou que você vá onde não deve ir. O amor verdadeiro é aquele que
é condicionado; -Porque eu te amo, eu não aceito isso de você. O amor
incondicional é leviano, é irresponsável; o amor aceita tudo é um risco na
nossa formação, quando você diz –Eu aceito qualquer coisa, isso significa que o
outro ou a outra está autorizado a fazer o que quer.
Pais
e mães devem dar um amor que tenha requisitos, que tenha exigências, um amor
que tenha capacidade de cuidar, quem ama não desiste, mas quem ama também não
descuida e aquele que aceita tudo descuida.
Na
ética da convivência, tudo que você almeja, no caso de empresas os limites,
será prejudicar os outros, atropelar os outros profissionalmente; no evangelho
de Marcos está o que Jesus teria dito: “De nada adianta um homem ganhar o
mundo, se ele perder sua alma”. De nada adianta você ganhar tudo se perder a
sua dignidade, aquilo que apodrece dentro de você, aquilo que desonra sua
família, torna horrorosa sua história, mancha sua trajetória, de nada adianta!
A
possibilidade de eu ter uma ética da convivência, é aquela que meu principio de
conduta seria: sé é bom para mim, é conveniente para mim, então eu faço – Isso é
um horror, isso é nojento, temos nojo de uma pessoa quando esta pessoa faz
qualquer coisa para ter qualquer coisa. Pois há coisas que a gente não deve ter
e coisas que a gente não deve fazer; se você observar há coisas nojentas de
tê-las ou de fazê-las. Há pessoas que fazem qualquer coisa em nome de uma
ética, que aquilo me serve, ela acima de tudo, além de patife é idiota, a
medida que ela não tem nenhum tipo de retorno que será bom para ela, o dia em
que ela estiver de partida, vai olhar e vai pensar o que? –Estou onde estou
apesar do que fiz ou estou onde estou por causa do que fiz?
Pense Nisso !!
Texto de: M S Cortella
Nenhum comentário:
Postar um comentário