Dizem que o criador desta expressão foi Aristóteles, filósofo grego, aluno de Platão (outro filósofo) e professor de Alexandre, O Grande. O sentido empregado pelo pensador difere um pouco do sentido que empregamos hoje. À época dele, o termo usado não era verão, mas primavera. “Uma andorinha só não faz primavera”.
Isso significava que “ninguém poderia ser julgado por um ato insolado”. Essa assertiva não faria muito sentido hoje dentro do Direito Penal, haja visto que se o indivíduo for pego violando uma norma legal será responsabilizado por sua conduta.
Mas e a andorinha? Na época de Aristóteles elas costumavam migrar para outras regiões mais quentes, evitando o frio. Quando apenas uma chegava à região que o clima mudaria, isso poderia significar que a primavera ainda não tinha chegado.
Hoje, a expressão é usada mais no sentido de que uma só pessoa não pode fazer muita coisa, ou mesmo nada. Frase análoga seria “a união faz a força”. Se tomássemos este provérbio como sendo verdadeiro, com o sentido de hoje, invalidaria todo esforço individual, o que seria absurdo. As ações individuais, mesmo limitadas, trazem resultados extraordinários.
O certo é que uma andorinha faz verão. E por que faz verão? Porque o verão é a soma sucessiva de várias andorinhas. Para que o verão aconteça na sociedade é necessário a participação ativa de cada andorinha. Cada andorinha é uma partícula do todo, sem ela, seria impossível a concretização do todo. Por isso, tanto nos dias de Aristóteles, quanto nos dias de hoje, o provérbio é equivocado, muitas das vezes usado para que os medrosos se eximem de suas responsabilidades. Uma andorinha só faz verão, e todos os dias.
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