quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Educação - Monte Carlo


Entre 20 e 23/julho/2017 foi realizada pesquisa de opinião, satisfação e avaliação administrativa com 891 entrevistados e as principais reivindicações do povo montecarlense, foi: O que o prefeito deveria fazer pela cidade, 1ª) em obras: 64,7% calçamento/asfalto. 2ª) em saúde: médicos 58,8%, Atendimento melhor 12,0% e hospital 11,0%. 3ª) em educação: qualidade de ensino 26,5%, professores melhores 18,5% e transporte escolar 17,0%. Vamos nos ater a comentar esse terceiro quesito. “Qualidade de ensino” e “Professores melhores” é por dedução a mesma coisa e somam 45,0% os outros 65,0% se dividem em: melhorar transporte, melhorar escolas, não respondeu, melhorar atendimento, a comida é servida fria, melhorar planejamento, melhorar educação, melhorar tudo, esta regular, teria que melhorar mais dentre outros apontamentos com menor índice na pesquisa. Os números apontados deste ponto em diante são de “ontem” pois não foi possível atualiza-los uma vez que a Secretaria de Educação não prestou nenhuma informação neste ano por meio do Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Educação – SIOPE, (pesquisa realizada em 10/set), se tivéssemos também, essa informação seriam mais concisos os dados. O numero de servidores na Educação é de 254 e o numero de alunos na rede municipal é de 1858 alunos. Uma taxa de 7,3 aluno por servidor, sendo que o número ideal é de um servidor para cada 18 alunos, e um número em torno de 23 alunos por sala de aula; que é o caso das escolas da rede Estadual em nossa cidade ou bem próximo deste número. Para entender o porque desse número tão absurdo, explica-se pelo fato em que há escola com duas e até três diretoras e mais um número imenso de auxiliar de secretaria, estagiários, terceirizados. O zoneamento pouco é observado na distribuição de alunos, exemplo: Escola Sonho Infantil que não detêm uma estrutura física adequada porém com numero excessivo de alunos oriundos do Bairro Santo Antônio enquanto neste bairro (Santo Antônio) na Escola Olga Fortes com estrutura mais adequada há poucos alunos, chegando os professores a ficar ociosos. Vejamos alguns números: Criança Feliz 7,2 alunos/servidor, MR Fischer 12,2 aluno/servidor, Sonho Infantil 10,6 aluno/servidor, HF Haslinguer 6,0 aluno/servidor, Erci Dick 14,0 aluno/servidor, Olga Fortes 6,0 aluno/servidor, Carlos Pisani 15,5 aluno/servidor. Pelo remanejamento de servidores em geral da Secretaria de Educação, chega-se ao número de 43 excedentes, somando-se ao número de servidores por um motivo ou outro estão afastados das salas de aula, que são 36, dá um total de 79 servidores excedentes do quadro, repito: somente na Educação, se considerarmos o rearranjo das turmas esse número aumentará mais ainda. Assim, se mantiver essa perspectiva sem sombra de dúvidas deverá ocorrer divisão das turmas, para 5, 6, 8 ou 10 alunos por sala de aula para comportar todos esses servidores na ativa. Falando em metas de governo, nas propostas de campanha, vemos que as atitudes são contrárias ao proposto: falta ensino de qualidade. Isso não poderia ser diferente pois os valores gastos com material didático pedagógico, que é o gasto direto com o ensino em sala de aula é baixíssimo e isso é o reflexo da má qualidade do ensino. Por outra banda vão dizer: “mas o índice de investimento na educação está sendo cumprido”, pasmem, gastos sim, mas em itens supérfluos a melhoria do ensino, e sim, simplesmente para justificar os índices e fazer politicagem. Esse é o resumo, uma análise sintética da situação, tem muitas mais especificidades que poderiam ser relatadas. Volto a dizer, tem bons profissionais em meio a essa gente toda, basta classifica-los e valorizados como devem ser. A conta é simples, a cada contratação que se faz aumenta o grau de insatisfação dos remanescentes, pois é do salário destes que se pagará o futuro contratado.

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