quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Transparência


No texto anterior mencionei várias vezes a palavra “transparência”, mas o que isso realmente significa na administração pública, significa dizer: que não tem nada a esconder, fato tão difundido após a Constituição de 88 e regulamentado por lei Federal e até o nosso município em 2012 regulamentou o acesso a informação, que está disponível na página oficial da prefeitura para quem desejar esclarecimento de qualquer ato da administração (https://lai.fecam.org.br/montecarlo/index/consultar-solicitacao),  assim o fazendo de maneira fácil e rápida ou se preferir o cidadão pode se dirigir ao servidor municipal, seja da Prefeitura ou seja da Câmara e solicitar vistas a documentos e estes devem obrigatoriamente ser de pronto disponibilizados ou se a pessoa desejar obter cópia é interessante formular um pedido.
Mas falando em transparência vamos ao lado prático nas ações, pois nos causa indignação algumas situações, a exemplo do fato do momento, a falta de água.
Como sabemos a coleta, tratamento e distribuição da água em nosso município é executada pelo poder público e mantida pelo cidadão que todo mês paga sua “conta de água”. Temos 2900 ligações que rendem aproximadamente R$: 120 mil/mês, desta arrecadação há um gasto efetivo de R$ 80 mil/mês diretamente com a manutenção do sistema (coleta, transporte e deposito do lixo, servidores, energia elétrica, combustíveis, análises e produtos químicos, manutenção da frota e do sistema de distribuição).
Matematicamente tem-se uma sobra de R$ 40 mil/mês, só neste ano o valor acumulado em caixa seria de R$ 400 mil (janeiro a outubro/2018), mas desse valor não foi aplicado nenhum centavo em melhoria e ampliação (só manutenção corretiva é realizada) na rede de captação e distribuição da água a população. Para perfurar um poço o custo e de R$ 500, por metro e mais em torno de R$ 50 mil em outros custos para perfuração. Resumindo, sem muito alarde a Administração poderia perfurar um poço a cada 4 meses ou 2 poços por ano sem muito sofrimento.
Agora, o porquê não se faz isso? Vejamos, esses valores mensais que o povo paga (os R$ 40 mil que sobram) são usados para pagar alguns cargos de servidores comissionados como o de Diretor Geral R$ 4.885,82 (Osmar Marques), Secretário Fazenda R$ 4.899,60 (Aelton Gomes), Chefe da Contabilidade R$ 1.513,80 (Lilian C. Oliveira), Secretária Adjunta de Administração R$ 2.685,62 (Emanuelli Bridi), Diretor do Departamento de Água R$ 1.513,80 (João Antônio da Luz), Diretor de Trânsito R$ 2.099,65 (André Luiz Domingos) dentre outros tantos e digo mais, servidores esses e aqueles nada ou pouco produzem em benefício do povo, mas são pagos com o dinheiro do povo. Isso é antidemocrático “do povo mas não pelo povo”. Indo mais além e já se preparando para as festas de final de ano não é de nos causar surpresa que o prédio da Prefeitura, talvez a Praça Central sejam ornamentadas a custo dos recursos provenientes da “conta da água”, ou mais além ainda, festa, banda e fogos da virada do ano com os mesmos recursos. No mais, o comprometimento com a coisa pública nos leva ao caos que vivenciamos, aqui, ali e lá.
Isso é transparência e me provem ao contrário!!

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