No
texto anterior mencionei várias vezes a palavra “transparência”, mas o que isso
realmente significa na administração pública, significa dizer: que não tem nada
a esconder, fato tão difundido após a Constituição de 88 e regulamentado por
lei Federal e até o nosso município em 2012 regulamentou o acesso a
informação, que está disponível na página oficial da prefeitura para quem
desejar esclarecimento de qualquer ato da administração (https://lai.fecam.org.br/montecarlo/index/consultar-solicitacao), assim o fazendo de maneira fácil e rápida ou
se preferir o cidadão pode se dirigir ao servidor municipal, seja da Prefeitura
ou seja da Câmara e solicitar vistas a documentos e estes devem
obrigatoriamente ser de pronto disponibilizados ou se a pessoa desejar obter cópia
é interessante formular um pedido.
Mas
falando em transparência vamos ao lado prático nas ações, pois nos causa
indignação algumas situações, a exemplo do fato do momento, a falta de água.
Como
sabemos a coleta, tratamento e distribuição da água em nosso município é
executada pelo poder público e mantida pelo cidadão que todo mês paga sua
“conta de água”. Temos 2900 ligações que rendem aproximadamente R$: 120
mil/mês, desta arrecadação há um gasto efetivo de R$ 80 mil/mês diretamente com
a manutenção do sistema (coleta, transporte e deposito do lixo, servidores,
energia elétrica, combustíveis, análises e produtos químicos, manutenção da
frota e do sistema de distribuição).
Matematicamente
tem-se uma sobra de R$ 40 mil/mês, só neste ano o valor acumulado em caixa
seria de R$ 400 mil (janeiro a outubro/2018), mas desse valor não foi aplicado
nenhum centavo em melhoria e ampliação (só manutenção corretiva é realizada) na
rede de captação e distribuição da água a população. Para perfurar um poço o
custo e de R$ 500, por metro e mais em torno de R$ 50 mil em outros custos para
perfuração. Resumindo, sem muito alarde a Administração poderia perfurar um
poço a cada 4 meses ou 2 poços por ano sem muito sofrimento.
Agora,
o porquê não se faz isso? Vejamos, esses valores mensais que o povo paga (os R$
40 mil que sobram) são usados para pagar alguns cargos de servidores
comissionados como o de Diretor Geral R$ 4.885,82 (Osmar Marques), Secretário
Fazenda R$ 4.899,60 (Aelton Gomes), Chefe da Contabilidade R$ 1.513,80 (Lilian
C. Oliveira), Secretária Adjunta de Administração R$ 2.685,62 (Emanuelli
Bridi), Diretor do Departamento de Água R$ 1.513,80 (João Antônio da Luz),
Diretor de Trânsito R$ 2.099,65 (André Luiz Domingos) dentre outros tantos e
digo mais, servidores esses e aqueles nada ou pouco produzem em benefício do
povo, mas são pagos com o dinheiro do povo. Isso é antidemocrático “do povo mas
não pelo povo”. Indo mais além e já se preparando para as festas de final de
ano não é de nos causar surpresa que o prédio da Prefeitura, talvez a Praça
Central sejam ornamentadas a custo dos recursos provenientes da “conta da
água”, ou mais além ainda, festa, banda e fogos da virada do ano com os mesmos
recursos. No mais, o comprometimento com a coisa pública nos leva ao caos que
vivenciamos, aqui, ali e lá.
Isso
é transparência e me provem ao contrário!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário