sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cogito, ergo sum.

"Penso, logo existo", a maioria das pessoas conhece essa frase, mas como Descartes chegou a essa conclusão? Descartes queria obter um conhecimento que fosse absoluto, inquestionável, dessa forma ele primeiramente duvidou de tudo que existia, pois ele sabia que não podia provar a existência de nada (solipsismo), a mente poderia estar enganando ele, como já enganou a todos pelo menos uma vez, poderíamos estar sonhando e o mundo não existir.

A ideia dele era produzir um conhecimento que não permita haver qualquer contestação, para isso ele criou uma ferramenta poderosíssima, ele imaginou que um gênio maligno poderia o estar enganando a acreditar em qualquer coisa e usava esta ferramenta para com todas as suas questões, se o gênio pudesse o estar enganando ele abandonava o assunto, porém ele chegou a algo que não poderia duvidar, se um gênio o estava enganando, ele necessariamente deveria existir para poder ser enganado, dessa forma ele concluiu que se ele pensava ele existia, pois isto é evidente, o pensamento é algo dado é uma intuição direta, tenho certeza que eu penso, dessa forma, tenho certeza que eu existo.

Porém Descartes criou um redemoinho do qual ele não conseguiu sair, pois a frase tem conteúdo significativo a apenas um sujeito, não consigo ter acesso a mente das outras pessoas, não tenho certeza que estas existem, pois não tenho certeza que estas pensam, dessa forma, o significado de existir da frase vale apenas para o sujeito que está pensando, é impossível se chegar a provar a existência da realidade ou se valer de qualquer outro conhecimento através da ferramenta utilizada por ele.

Até hoje ninguém conseguiu resolver o problema do solipsismo, ou seja, provar a existência da realidade através da lógica. Quem se atreve?

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